loading gif
Loading...

Santo Agostinho


Biografia

Agostinho cresceu no norte da África colonizado por Roma, educado em Cartago. Foi professor de retórica em Milão em 383. Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e se converteu ao cristianismo pela pregação de Ambrósio de Milão. Foi batizado na Páscoa de 387 e retornou ao norte da África, estabelecendo em Tagaste uma fundação monástica junto com alguns amigos. Em 391 foi ordenado sacerdote em Hipona. Tornou-se um pregador famoso (há mais de 350 sermões dele preservados, e crê-se que são autênticos) e notado pelo seu combate à heresia do Maniqueísmo. Defendeu também o uso de força contra os Donatistas, perguntando "Por que (...) a Igreja não deveria usar de força para compelir seus filhos perdidos a retornar, se os filhos perdidos compelem outros à sua própria destruição?" (A Correção dos Donatistas, 22-24) Em 396 foi nomeado bispo assistente de Hipona (com o direito de sucessão em caso de morte do bispo corrente), e permaneceu como bispo de Hipona até sua morte em 430. Deixou seu monastério, mas manteve vida monástica em sua residência episcopal. Deixou a Regula para seu monastério que o levou a ser designado o "santo Patrono do Clero Regular", que é uma paróquia de clérigos que vivem sob uma regra monástica. Agostinho morreu em 430 durante o cerco de Hipona pelos Vândalos. Diz-se que ele encorajou seus cidadãos a resistirem aos ataques, principalmente porque os Vândalos haviam aderido ao arianismo, que Agostinho considerava uma heresia.



Livros escritos por Santo Agostinho





Diversos


Nove anos de erro

Durante esse período de nove anos, desde os dezanove até aos vinte e oito, cercado de muitas paixões, era seduzido e seduzia, era enganado e enganava: às claras, com as ciências a que chamam liberais, e às ocultas, sob o falso nome de religião. Aqui ostentava-me soberbo, além supersticioso, e em toda parte vaidoso. Ora corria atrás da futilidade da glória popular, até aos aplausos dos teatros, aos jogos florais, ao torneio de coroas de feno, às bagatelas de espectáculos e paixões desenfreadas, ora desejava purificar-me dessas nódoas, conduzindo aos que eram chamados "eleitos" e "santos" alimentos com que, na oficina dos seus estômagos, fabricassem anjos e deuses que me dessem a liberdade. Seguia estas práticas, dando-me a elas com meus amigos, iludidos por mim e comigo. Gracejem de mim os orgulhosos e os que ainda não foram salutarmente prostrados e esmagados por Vós, meu Deus. Eu, para vosso louvor, hei de confessar minhas desvergonhas. Permiti-me, eu Vo-lo peço, e concedei-me que percorra com memória fiel os desvios passados dos meus erros, "imolando-Vos uma vítima de louvor". Com efeito, sem Vós, que sou para mim mesmo, senão um guia para o abismo? Que sou, quando tudo me corre bem, senão um pequenino a sugar o vosso leite e a gozar de Vós, alimento que se não corrompe? E quem é o homem, seja quem for, se é homem? Riam-se de mim os fortes e os poderosos, mas eu, fraco e pobre, confesso-me a Vós.

Comentários


Ainda não existem comentários para este questionário.

Voltar

Faça o login na sua conta do Portal