" A rapariga nunca produzia um único som. Nunca. Mas também ela erguia de vez em quando os seus pálidos olhos para me olhar daquela maneira suave de quem nada vê. O seu olhar não era de forma alguma estúpido; brilhava, suave e difuso, como a Lua sobre uma paisagem -- de forma muito diferente da inspecção curiosa das estrelas. Afogávamo-nos nele e imaginávamos que lhe pareceríamos indistintos. E, todavia, quando aquele mesmo olhar se voltava para Christian Falk, devia ser tão eficiente como o farol de um navio de guerra." in Falk uma Reminiscência (Joseph Conrad)

Entendo o fascínio por Jonathan Franzen, por Philip Roth ou Salman Rushdie, ou por Ruiz Zafon. Porque eu também o tenho. Mas Conrad está, para mim claro, noutro patamar. Li praticamente tudo o que havia para ler de Conrad. E foi de enfiada, tal a intensidade de prazer que a sua escrita me proporcionava. Ninguém - outros autores - se conseguiram meter no meio. O meu corpo rejeitava-os antes de chegar à página 30.
Espero contribuir para um conhecimento da obra de este escritor.
Esta é uma primeira abordagem. Outras se seguirão. Mais concretas ainda.