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Poema e Poesia de Luís Vaz de Camões

Amor
Luís Vaz de Camões

Jurando de não Mais em Outra Ver-me

Como quando do mar tempestuoso 
O marinheiro todo trabalhado, 
De um naufrágio cruel saindo a nado, 
Só de ouvir falar nele está medroso; 

Firme jura que o vê-lo bonançoso 
Do seu lar o não tire sossegado; 
Mas esquecido já do horror passado, 
Dele a fiar se torna cobiçoso; 

Assi, Senhora, eu que da tormenta 
De vossa vista fujo, por salvar-me, 
Jurando de não mais em outra ver-me; 

Com a alma que de vós nunca se ausenta, 
Me torno, por cobiça de ganhar-me, 
Onde estive tão perto de perder-me. 

em "Sonetos"

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