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Poema e Poesia de Florbela Espanca

Meu coração da cor dos rubros vinhos 
Rasga a mortalha do meu peito brando 
E vai fugindo, e tonto vai andando 
A perder-se nas brumas dos caminhos. 

Meu coração o místico profeta, 
O paladino audaz da desventura, 
Que sonha ser um santo e um poeta, 
Vai procurar o Paço da Ventura... 

Meu coração não chega lá decerto... 
Não conhece o caminho nem o trilho, 
Nem há memória desse sítio incerto... 

Eu tecerei uns sonhos irreais... 
Como essa mãe que viu partir o filho, 
Como esse filho que não voltou mais! 

em "A Mensageira das Violetas"

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