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Isaac Babel


Biografia

Babel nasceu em uma família ortodoxo-judaica em Odessa, durante o período do êxodo de judeus no Império Russo. Apesar de ter sobrevivido com a ajuda da vizinha Rússia Ortodoxa, seu tio Shoyl foi um dos 300 judeus assassinados.[2]

Na adolescência, Babel entrou no Nicolas I Odessa Commercial School. Além das matérias normais da escola, estudou também o Talmud e música. Após o insucesso em ingressar na Universidade de Odessa, ingressou no Kiev Institute of Finance and Business, onde conheceu Yevgenia Borisovna Gronfein, sua futura esposa.

Em 1915, Babel se formou e mudou para Petrogrado (atualmente São Petersburgo); encontrou então o escritor russo Maxim Gorky, que publicou algumas de suas histórias na revista Letopis' ("Летопись", "Chronicle"). Gorky orientou o aspirante a escritor para que buscasse mais experiência de vida, e posteriormente Babel escreveu em sua autobiografia: “… I owe everything to that meeting and still pronounce Alexey Maksimovich (Gorky's) name with love and admiration[3]”. Um de seus mais famosos contos autobiográficos, "The Story of My Dovecot" ("История моей голубятни"), é dedicado a Gorky.

A história "The Bathroom Window" foi considerada obcena pela censura, e Babel foi enquadrado como violador do código criminal. Nos próximos sete anos, Babel lutou pelo lado comunista na Guerra civil russa, trabalhando em Cheka como tradutor do service de inteligênciano Odessa Gubkom (comitê regional bolchevique), no Narkompros (Comissariado de Educação), em uma tipografia, e como repórter de jornal em Petersburgo e Tiflis.

Isaac Babel casou com Yevgenia Gronfein em 1919, em Odessa, e tiveram a filha Nathalie Babel Brown. Em 1925, Yevgenia Babel, desgostosa pela infidelidade do marido e pela desilusão com o comunismo, emigrou para a França. Babel, apesar de visitar sua esposa em Paris, simultaneamente começou a se relacionar com Antonina Pirozhkova, com quem teve, também, uma filha.

Em 1920, Babel ingressou no Exército Vermelho, interrompendo sua produção literária; documentou os horrores da Guerra em 1920 Diary (Konarmeyskiy Dnevnik 1920 Goda), que mais tarde usaria para escrever Cavalaria Vermelha (Конармия), uma coleção de histórias curtas. A lendária violência da Cavalaria Vermelha era contrastante com a natureza gentil de Babel.

Diversas histórias mais tarde incluídas em Cavalaria Vermelha foram publicadas no LEF ("ЛЕФ") magazine, de Vladimir Maiakovski, em 1924. A descrição brutal da realidade da guerra lhe angariou alguns inimigos, tais como Marshall Budyonny. Contudo, a influência de Gorky garantiu sua publicação, e foi traduzido para muitas línguas.

Voltando a Odessa, Babel escreveu Odessa Tales (“Contos de Odessa”), uma série de histórias curtas de inspiração autobiográfica, narrando sua infância na comunidade judaica, no gueto de Moldavanka, e narrando fatos anteriores e posteriores à Revolução de Outubro.

Em 1930, Babel trabalhou na Ucrânia, testemunhando a brutalidade das forças soviéticas de coletivização, e o resultado do Holodomor. Como Stalin havia imposto seu poder sobre a intelligentsia soviética e ordenado que todos os escritores e artistas deveriam viver conforme o realismo socialista, Babel se afastou ainda mais da vida pública. Durante a campanha de oposição, o Formalismo russo, Babel foi denunciado publicamente por baixa produtividade. No primeiro congresso da União dos Escritores Soviéticos (1934), Babel observou ironicamente, que estava se tornando "the master of a new literary genre, the genre of silence".[4]

A peça de 1935, Maria, um retrato da sordidez viulnerável da sociedade soviética, fez com que fosse repreendido por Maxim Gorky pela sua baudelaireana predileção pela "miséria humana". Gorky procurou prevenir seu amigo sobre as “consequências políticas”, que lhe seriam “prejudiciais”.[5] Quando foi programada para ser encenada em Moscou, no Vakhtangov Theatre, a peça foi cancelada pela NKVD em 1935.

Em 1932, após várias tentativas, foi permitida uma visita à sua esposa Yevgenia em Paris. Enquanto visitava sua esposa e a filha Nathalie, Babel sofreu ante a dúvida de voltar ou não à Rússia Soviética. Em conversas e cartas aos amigos, expressava o desejo de ser um “homem livre”, enquanto também expressava medo de não ser capaz de viver apenas escrevendo. Em 27 de julho de 1933, Babel escreveu uma carta a Yuri Annenkov, pedindo que fosse convocado para Moscou, e partiu imediatamente.[6]

Após seu retorno, Babel começou a viver ao lado de Antonina Pirozhkova, com quem teve uma filha, Lidya Babel. Ele também colaborou com Sergei Eisenstein no filme Bezhin Meadow, sobre o informante Pavlik Morozov, e trabalhou em roteiros para diversos filmes de propaganda soviética.

 



Livros escritos por Isaac Babel





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