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Agostinho da Silva


1906 - 1996

Biografia

AGOSTINHO Baptista da SILVA nasceu no Porto no dia 13 de Fevereiro de 1906. Fez os estudos secundários e universitários naquela cidade, licenciando-se e doutorando-se (1929) em Filologia Clássica, na Faculdade de Letras. Após o encerramento compulsivo dessa Faculdade, frequentou em Lisboa a Escola Normal Superior e trabalhou como bolseiro na Sorbonne e no Collège de France (1931/33). Mandado regressar a Portugal, foi colocado no Liceu de Aveiro, vindo a ser demitido do ensino oficial, por motivos políticos, em 1935.
 
Depois de uma passagem pelo, &ldquoCentro de Estudos Históricos&rdquo, de Madrid, como bolseiro da &ldquoJunta de Relaciones Exteriores&rdquo espanhola, residiu em Lisboa até 1944, vivendo de aulas particulares e empenhando-se em diversas actividades de produção e difusão culturais. Manteve entretanto, desde os seus tempos do Porto, relações com o grupo da Seara Nova e com António Sérgio.
 
Em 1944, emigra para o Brasil, onde se fixa, depois de breves passagens pelo Uruguai e pela Argentina (1945-47). A sua permanência no Brasil aparece ligada a todo um notável conjunto de realizações culturais em sentido amplo, nomeadamente, a fundação do Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, da estação ecológica do Parque Itatiaia e a criação pioneira de universidades em zonas afastadas dos grandes centros (Paraíba, Santa Catarina), do Centro Brasileiro de Estudos Portugueses na Universidade de Brasília e do Centro de Estudos Africanos e Orientais, na Baía. Leccionou nas Universidades de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais, St. Catarina, Baia e Brasília.
 
Regressa a Portugal em 1969, prosseguindo aqui e na Galiza a sua actividade cultural.
 
A obra publicada de Agostinho da Silva reparte-se por diversos domínios: estudos clássicos (Breve ensaio sobre Pérsio, Sentido histórico das civilizações clássicas, A religião grega), tradução e apresentação de textos clássicos e modernos (Sófocles, Platão, Aristófanes, Lucrécio, Plauto, Terêncio, Teócrito, Catulo, Salústio, Suetónio, Tácito, Montaigne), biografias (Pestalozzi, Francisco de Assis, Franklin, Lamennais, Miguel Angelo, Pasteur, Lincoln, Robert Owen, Washington, Leopardi, Leonardo da Vinci, Montaigne), pedagogia (Sanderson e a Escola de Oundle, 0 Método Montessori), divulgação cultural, artística e científica (os Cadernos Iniciação, textos para a juventude, etc.), ensaísmo (Glossas, Conversa com Diotima, Parábola da mulher de Loth, Considerações, Sete Cartas a um Jovem Filósofo, Reflexão à margem da literatura portuguesa, Um Fernando Pessoa, As Aproximações), ficção (Herta - Teresinha - Joan). Além das obras publicadas em volume, precedentemente redesenhadas sem pretensões de exaustividade, deve assinalar-se uma abundante produção de artigos esparsos por revistas e jornais, como A Águia, Dyonisos, Seara Nova, Revista de Portugal, Pensamento, 0 Instituto, Boletim de Filologia, 57, Espiral, Tempo Presente, O Tempo e o Modo, Cultura Portuguesa, Nova Renascença, Vida Mundial, Notícia, etc.



Livros escritos por Agostinho da Silva




Poemas escritos por Agostinho da Silva

Meu Amor que Te Foste sem Te Ver

Queria que os portugueses

Se eu chegasse a ser dum Outro



Diversos


Frases célebres

Agostinho da Silva
Frases celebres extraídas de várias fontes.

"Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence." 

"Mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles foram meus, não seus."

"Um dia nada será de ninguém, pois todos acharão, por criadores, que têm tudo." 

"Só existe governo exterior a nós porque temos preguiça de nos governarmos a nós mesmos."

"A solidão é uma ocasião extraordinária de diálogo consigo próprio."

"Se a pessoa não fez consigo tudo o que achava necessário para se esquecer de si mesmo, está errada."

"A pessoa deve encontrar-se a si própria e fazer todo o possível para que não haja uma discórdia consigo mesma."

"Tolerar é já marcar uma superioridade. Aceitar os outros como eles são é outra coisa. Aceitar vem da palavra capturar, aceitar é tomar para si e tolerar, não é dar licença, com desprezo que o Outro seja assim."

Fonte: Diversas

Mensagem aos portugueses

O que quero de todos os portugueses é o seguinte: sejam curiosos; e que a organização em sociedade possa ser de tal maneira que eles possam satisfazer essa curiosidade completamente. E não para ganhar dinheiro, não para fazer figura, nem para ganhar cargo, mas para ser plenamente aquilo que é. Alguma coisa que ele sinta que o está desenvolvendo na mensagem única que tem que dar do mundo, de maneira que a minha mensagem para qualquer aluno de qualquer escola é: faça favor de cuidar da sua mensagem e não da minha. A minha foi, é só para dizer «cuide da sua», porque essa é que tem importância. E a mensagem será vossa na medida em que for o mais diferente possível da minha, ou de qualquer outra. Senão, para quê duplicados no mundo? Não é preciso. Para isso é que inventaram os carimbos. Eu não sou um carimbo de ninguém. 

Fonte: Internet

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