Sinopse
A arte é uma expressão da nossa sensação de que o que existe é insuficiente — e de que não somos obrigados a aceitá‑lo com gratidão.
A Aparência das Coisas (1972) reúne alguns dos ensaios mais brilhantes e incisivos que John Berger escreveu na década de 60. Uma mulher forçada a entrar num táxi; um leão e uma leoa enjaulados no jardim zoológico; a última fotografia de Che Guevara; o desabrochar da Primavera de Praga e a natureza das manifestações populares; Walter Benjamin, Le Corbusier, Camille Corot, Fernand Léger. Retratos e instantâneos admiráveis em si mesmos, revelam a sua maior importância enquanto partes de um todo, fragmentos da existência submetidos ao mesmo olhar coerente, sensível e humanista de John Berger, em favor de uma síntese da experiência e condição humanas. Numa prosa ao mesmo tempo sóbria e epigramática, em textos ora políticos, ora de crítica e história da arte, esta obra caleidoscópica é uma das melhores introduções à escrita ensaística de John Berger, pondo a nu a sua concepção de liberdade e atitude intransigente perante injustiças e desigualdades.