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Sinopse

De Profundis é a carta intensa e implacável que Oscar Wilde escreveu na prisão, dirigida ao seu amante, lorde Alfred Douglas, carinhosamente tratado por Bosie. Na longa carta, publicada na íntegra nesta edição, Wilde acusa Douglas de egoísmo, superficialidade, parasitismo, cobiça, extravagância, birras, mesquinhez e negligência. Abandonado à sua sorte, o amor que Wilde sentia transformara-se em amargura. Mas esta carta foi também uma oportunidade para expurgar os seus demónios e fazer as pazes consigo.

Num monólogo dramático, Wilde acaba por fazer uma análise do próprio carácter e das suas falhas, que culminará numa transformação espiritual ao longo do próprio processo de escrita. Em De Profundis, um introspectivo Wilde reflecte com convicção sobre a arte, o amor, o perdão e o significado de Cristo, descobrindo que, longe do prazer e das extravagâncias, «o segredo da vida é o sofrimento».

Comentários


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Marcos Jansen , 20/03/2021 17:01

Uma preciosidade. Obra prima da literatura. As páginas às quais me refiro nesta sinopse são da edição da L&PM Editores S/A de 1998. ISBN: 85.254.0825-5. Com 193 páginas.
Observo que o livro não está organizado por capítulos pois foi escrito continuamente . É que o autor tinha acesso a poucas folhas de papel por dia e economizava de toda maneira ao escrever. É de impressionar como mantinha a coerência na escrita, pois todos os dias exigiam que devolvesse o que foi escrito para que obtivesse novas páginas. Além de escrever com letras miúdas tinha que guardar de memória todo o enredo para manter a continuidade da história. Algo que entendo ser dificílimo.
Há uma mudança substancial no rumo do documento de sua passagem pelo cárcere a partir da página 97. Ao escrever suas memórias na cadeia e vislumbrar seu passado descobre Deus, ou algo parecido, que desconhecia. Primeiro um Deus do sofrimento, ainda difuso que vai, num crescendo se misturando a todas as formas de arte até que na página 107 percebe que Deus é a união da "personalidade com a perfeição". Tal como nos movimentos de um concerto o tema é introduzido num "allegro" que nos envolve até nos levar num "andante" ou "largo" grandioso. Nos mostra seu Deus sobre o ponto de vista da arte, na visão do artista. Na página 121 assume Cristo com o "poder de dizer coisas maravilhosas" e, mais ainda "fazer com que as pessoas lhe dissessem coisas maravilhosas". Wilde mostra também, por diversas vezes, a importância da imaginação. Finalmente na página 126 aceita a doutrina de Cristo como a única verdadeira. Como pode ter mudado tanto? Teria sido uma espécie de lavagem cerebral? Fica posta a questão desta conversão do gênio Oscar Wilde.

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