
Sinopse
Esta obra, publicada pela Dom Quixote, em 1988, da autoria de João de Melo, tem como uma das suas principais finalidades anotar rasgos do quotidiano das gentes do arquipélago açoriano. Está espacialmente localizada na Ilha de S. Miguel, no lugar do Rosário, onde a diegese se desenrola, quando se refere aos Açores. Cronologicamente, é na década de sessenta que se desencadeia grande parte das encenações episódicas relativas à infância das três personagens-chave da diegese, Nuno Miguel, Maria Amélia e Luís Miguel, que narram as suas aventuras e desventuras já enquanto adultas, embora se verifiquem vários saltos temporais, compreendidos entre avanços e recuos, ao longo da organização da narrativa.
Extras
Grande Prémio de Novela e Romance da APE, 1989
Prémio Fernando Namora, 1989
Prémio Eça de Queirós/Cidade de Lisboa, 1989
Prémio Livro do Ano Antena 1, 1989
Premio Internacional Cristóbal Colón de las Ciudades Capitales Íbero-americanas, 1990
Críticas ao livro " Gente Feliz Com Lágrimas "
Fonte:
Miguel Torga (carta de 7.5.1989)
Gente Feliz com Lágrimas é um belo romance, bem concebido e bem escrito,denso, impiedoso e dorido, recheado de cenas surpreendentes. Os Açores, e as letras pátrias, estão de parabéns por esta grande epopeia de amor e lucidez
Fonte:
Albano Nogueira (Colóquio-Letras nº. 105, Maio/Junho, 1989)
Raros, nos últimos tempos, terão sido tão profundos como romancistas e, para tanto o serem, tão adequadamente escritores. Firmemente creio que Gente Feliz com Lágrimas poderá muito bem vir a firmar-se, nas rotas do nosso romance contemporâneo, como um desses poucos marcos que se erguem, cimeiros, nos pontos mais altos e lá se consolidam como referência a não perder de vista. Ele é sem dúvida um livro modelar.
Fonte:
Dariu Villanueva (ABC, Madrid, 31.1.1992)
Esta obra es una prueba esperanzadora de que no todo está perdido para la novela en verdad literaria, pues ni por su amplitud y complejidad expressiva ni por su ambición intelectual incurre en la ligereza de la llamada posmodernidad.
Fonte:
Javier Alfaya (El Mundo, Madrid, 11.2.1992)
En Gente feliz con lágrimas, soberbio ejercicio de antibucolismo, se procede a una realista y lúcida destrucción de uno de los tópicos más insensatamente insistentes de nuestra literatura: el que mitifica la existencia rural.
Fonte:
José Ramón Ariño (El Pais, Madrid, 15.2.1992)
Hay que celebrar que en los tiempos posmodernos sigan publicándose libros como éste (Gente feliz con lágrimas), llenos de vida y de realidad, que son capaces de enganchar al lector desde el primer momento con una historia, vivencias y sufrimentos que destilan humanidad. Literatura auténtica
Fonte:
Fernando Dacosta (O Jornal, 13.1.1989)
Gente Feliz com Lágrimas vem reafirmar a renovação do romance português, a sua pujança, a sua diferença; reafirmar que um povo atinge a maioridade, a sabedoria, quando se torna capaz de auto-escrever assim. Coloca João de Melo na família de Aquilino, de Brandão, de Nemésio, entrega-o ao rio mais profundo, mais denso da nossa ficção.