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Sinopse

Janelas abertas para o jardim, a falar da fossa. O conselho do condado prometera fazer chegar a água à aldeia, mas não o fizera. Mrs. Haines, casada com o senhor da quinta, uma mulher com cara de gansa e olhos protuberantes como se vissem na valeta alguma coisa que engolir, disse num tom afectado: — Mas que assunto de conversa para uma noite como esta! Depois, fez-se silêncio; uma vaca mugiu, e isso levou-a a dizer como era estranho que, em pequena, nunca tivesse tido medo das vacas, mas só dos cavalos. Com efeito, uma vez, em criança, quando estava no seu carrinho, um grande cavalo de tiro rasara-a, passando, a menos de uma polegada do seu rosto. A sua família, dizia ela ao velho sentado na poltrona, vivera, durante séculos, nas proximidades de Liskeard. As sepulturas no cemitério podiam prová-lo. Ouviu-se um pássaro chilrear lá fora. — Um rouxinol? — perguntou Mrs. Haines. Não, os rouxinóis não chegavam tão a norte. Era uma ave diurna que a substância e a suculência do dia, os vermes, os caracóis e os grãos faziam chilrear até durante o sono.

Extras

Críticas de imprensa

«Este romance curto é um tour de force composto de frases interrompidas, monólogos interiores, didascálias, poemas […] Esta é uma “viagem circular da imaginação” que representa a realidade e a consciência enquanto pautas musicais, uma cacofonia de buzinas, sinos, animais, pensamentos, gramofones. E a fragmentação deixa aqueles pós-vitorianos suspensos, “Eus” desamparados à procura de um sentido, de uma moral do tempo presente. Por isso, quando os actores apontam espelhos aos espectadores, como queria Stendhal, toda a gente se sente exposta, frágil, assustada.»
Pedro Mexia, Expresso

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