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Poema e Poesia de Alberto Caeiro

Ser
Alberto Caeiro

Quem me Dera que Eu Fosse o Pó da Estrada

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada 
E que os pés dos pobres me estivessem pisando... 
Quem me dera que eu fosse os rios que correm 
E que as lavadeiras estivessem à minha beira... 
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio 
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo. . . 
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro 
E que ele me batesse e me estimasse... 
Antes isso que ser o que atravessa a vida 
Olhando para trás de si e tendo pena 

em "O Guardador de Rebanhos - Poema XVIII" 

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