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Poema e Poesia de Luís Vaz de Camões

Amor
Luís Vaz de Camões

Pouco te Ama

Na metade do Céu subido ardia 
O claro, almo Pastor, quando deixavam 
O verde pasto as cabras, e buscavam 
A frescura suave da água fria. 

Com a folha das árvores, sombria, 
Do raio ardente as aves se amparavam; 
O módulo cantar, de que cessavam, 
Só nas roucas cigarras se sentia. 

Quando Liso Pastor, num campo verde, 
Natércia, crua Ninfa, só buscava 
Com mil suspiros tristes que derrama. 

Porque te vás de quem por ti se perde, 
Para quem pouco te ama? (suspirava) 
E o eco lhe responde: Pouco te ama. 

em "Sonetos"

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