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Luíz Francisco Rebello


1924 - 2011

Biografia

Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, L.F.R. é autor de vasta obra no campo teatral, quer como dramaturgo, quer como crítico, ensaísta, tradutor e historiador. Foi várias vezes perseguido pela censura, mas não obstante, desempenhou um papel renovador na evolução do teatro português, principalmente no pós-guerra. É também uma das personalidades mais destacadas internacionalmente em termos de Direitos de Autor, ao exercer o lugar de Vice-presidente da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores desde 1976. Foi ainda um dos cofundadores, em 1992, da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC), integrada por intelectuais da envergadura de José Saramago, Natália Correia, Manuel da Fonseca ou Urbano Tavares Rodrigues.

Ligado desde o início, em 1946, ao Teatro-Estúdio do Salitre, ali se estreou como autor em 1947, com o drama O Mundo Começou às 5 e 47. Seguiram-se, entre outras, as peças Fábula em um Acto, O Dia Seguinte, Alguém Terá que Morrer, Condenados à Vida, É Urgente o Amor, O Fim na Última Página e Os Pássaros de Asas Cortadas, esta última transposta para o cinema por Artur Ramos.

Traduziu também muitas peças estrangeiras, de Shakespeare a Tchekov, passando por Lorca, Salacrou, Strindberg ou Tchekhov. Realizou ainda adaptações e versões livres como Dente por Dente, de Shakespeare, Liberdade, Liberdade, de Milor Fernandes e Flávio Rangel ou O Círculo de Giz Caucasiano, de Brecht. Ao mesmo tempo que desenvolvia esta atividade criativa dedica-se à crítica teatral e literária.

Foi também, desde o início, um homem do Teatro Experimental do Porto, quer como espectador privilegiado do primeiro espectáculo do TEP (em 1953, no Teatro Sá da Bandeira, de que falaria numa crónica publicada no Jornal de Notícias), quer como autor levado à cena, quer ainda como colaborador de sucessivas direcções e organizador de actividades paralelas na instituição. Ocupou funções e cargos determinantes, razão pela qual foi várias vezes homenageado.

Deixa uma notável quantidade de obras que estende-se por cerca de setenta anos, como autor de múltiplos trabalhos de historiografia teatral tão importantes como as mais de mil páginas para o grande Dicionário do Teatro Português que estão por publicar. De uma ou de outra forma, LFR nunca se resignou a ser um espectador desses factos. Interveio activamente, tomou partido e, em vários casos, influiu no curso da História.




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