Ricardo Araújo Pereira
Biografia
Ricardo Artur de Araújo Pereira filho de piloto da TAP, Artur Álvaro Neves de Almeida Pereira, e de assistente de bordo, Emília Rita da Cunha de Araújo Pereira, estudou em colégios de freiras Vicentinas e padres Franciscanos e Jesuítas, até se licenciar em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica Portuguesa.
Findo o curso, seguiu-se o trabalho como jornalista, primeiro como estagiário na redação do Jornal de Letras, Artes e Ideias depois como repórter de informação da TVI.
O seu gosto pela escrita fez com que Nuno Artur Silva o chamasse a colaborar com a Produções Fictícias, a agência de guionistas responsável pelos textos de programas de humor como Herman 98 e Herman 99 (RTP, 1998 - 1999), Herman SIC (2000 - 2005), O Programa da Maria (SIC, 2001) além das crónicas para a rádio Hermandifusão Portuguesa (RDP, 1999 - 2001), e para a imprensa: Felizes para Sempre, no semanário Expresso e As Crónicas de José Estebes, no Diário de Notícias, entre outros.
Por volta de 2003, depois das primeiras aparições na televisão, designadamente no programa de humor stand-up comedy, Levanta-te e ri, na SIC, começa a fazer, junto de Zé Diogo Quintela, Tiago Dores e Miguel Góis, várias rubricas no programa de Fernando Alvim e Nuno Markl, O Perfeito Anormal, na SIC Radical. Seria a partir dessa experiência que davam arranque ao projecto Gato Fedorento, cujo colectivo se tornou uma referência do humor português contemporâneo.
A equipa assinou várias séries do programa Gato Fedorento, na SIC Radical (Série Fonseca, Série Meireles e Série Barbosa), e depois na RTP1 (Série Lopes da Silva). Também na RTP1 apresentou Diz Que é Uma Espécie de Magazine em 2007, para de seguida voltar à SIC, com Zé Carlos, em 2008, e Gato Fedorento: esmiúça os sufrágios, em 2009. Na internet os humoristas geriam o blogue homónimo , onde Ricardo Araújo Pereira assinava as suas entradas com as iniciais RAP. Teve ainda várias aparições no programa de humor da SIC, Levanta-te e Ri, onde mostrou por várias vezes os seus dotes no stand-up.
Escreveu semanalmente no jornal A Bola, escrevendo actualmente na revista Visão.[4] Na TSF, depois na TVI24, integra o painel do debate Governo Sombra, apresentado por Carlos Vaz Marques e com Pedro Mexia e João Miguel Tavares. Protagoniza ainda a rubrica "Mixórdia de Temáticas" na Rádio Comercial.
As personagens de Araújo Pereira, que encontram eco na actualidade política, desportiva ou social, destacam-se pelos tiques que «saltam» para a rua (como acontecia com as criações de Herman José) e são absorvidos em regime multi-geracional, alimentando campanhas publicitárias de sucesso.
É co-autor do livro O Futebol é Isto Mesmo (ou então é outra coisa completamente diferente) e do disco O disco do Benfiquista, naturalmente. Compilou as suas melhores crónicas da revista Visão nos livros Boca do Inferno e Novas Crónicas da Boca do Inferno. Com Pedro Mexia realizou uma adaptação da peça de teatro Como Fazer Coisas com Palavras, do filósofo inglês John Austin, que também interpretou, no Teatro São Luiz em 2008.