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Murilo Carvalho


Biografia

Nascido nas montanhas de Minas Gerais, Brasil, Murilo Carvalho é jornalista, escritor e realizador de documentários. Trabalhou em alguns dos principais jornais e também em revistas e televisões brasileiras.

Durante os anos de ditadura militar no Brasil foi repórter do jornal Movimento, publicação de carácter democrático, onde era responsável pela secção Cena Brasileira, que fazia um retrato jornalístico-literário da gente e da realidade dos sertões do país. Nesse longo período, conviveu com várias nações indígenas, fazendeiros e trabalhadores rurais, que viam, a cada dia, a terra encolher sob os seus pés.

Trabalhou ainda no jornal Folha de São Paulo e em revistas da Editora Abril. Nos últimos anos dedicou-se à produção de documentários e programas de televisão sobre a realidade brasileira.

A literatura tem sido uma companheira desde a juventude; em 1974 recebeu o principal prémio literário brasileiro da época: Concurso de Contos do Paraná.

Editou dois livros de ficção e vários livros de reportagem. “O Rastro do Jaguar” é o seu primeiro romance.



Livros escritos por Murilo Carvalho





Comentários


A mostrar os últimos 20 comentários:

Vitor Biasoli, 2018-07-04 15:19:49

Muito original a abordagem do narrador em "O rastro do Jaguar" a respeito dos conflitos originados no sentimento de nacionalidade, isto é, as guerras ocasionadas pelas nações que se constituíram em Estados Nacionais (como foi o caso da Guerra da Tríplice Aliança) e as pequenas guerras nas nações sem Estados, como foram as lutas dos botocudos e guarani. Leitor das "Cenas brasileiras" (no antigo jornal "Movimento") senti que o autor mantém um vínculo com as reportagens a respeito das pequenas lutas dos povos e/ou grupos sociais marginalizados e deserdados da sociedade brasileira.

Luiz Santana, 2018-01-08 20:04:50

Perdi o comentário que fiz e que, por ainda não estar registrado, foi-se para o espaço. Um problema para desenvolvedores de sítios. Tentei dizer que gostei muito do romance. As referências a Congonhas, à igreja do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, aos profetas esculpidos pelo grande Francisco Lisboa, o Aleijadinho, criam um clima onírico, ao contrapor as reflexões do narrador num passado recente às incursões nas entranhas do Brasil profundo nos tempos de sua juventude. O livro certamente demandou pesquisas sobre as quais nada encontrei. Tampouco as fotos de João Kuhn, cuja personagem pareceu-me existir, aliás, a família ou famílias Kuhn existem, e têm suas raízes no sul do Brasil. Tais relatos, ainda que em boa parte ficcionais, dão uma ideia da brutalidade selvagem que foi a colonização do Brasil e a destruição das etnias indígenas. Posta em perspectiva, constata-se que o processo histórico continua com suas graves marcas: negros e índios subutilizados na sociedade brasileira de hoje, acantonados em favelas, guetos, cafundós, e considerados gente de segunda, de terceira, de quinta categoria, corpos estranhos à sociedade dita educada e integrada no sistema econômico: a guerra continua contra essa gente, mais de 60 mil mortos anuais em sua maioria caracteristicamente pobre e afrodescendente.

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