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Por Onde Aquele Rio Corre

Sílvio A. Abrantes

2021 Guerra & Paz

Sinopse

Esta é a história de sete irmãos portugueses que emigraram para o Congo Belga em meados do século xx, uns para o mato, outros para a cidade colonial. O autor, filho de uma das protagonistas deste livro, descreve 35 anos das vivências da família na África Central. Na aventura congolesa, estes irmãos cruzaram-se com personalidades históricas como o general De Gaulle ou o primeiro-ministro Lumumba e viveram eventos que motivaram a fuga de muitos portugueses: os tumultos de 1959, a independência (1960), a revolta dos simbas (1964) e a zairização de Mobutu (1973).

Os acontecimentos da época, na África e no mundo, contextualizam as vivências desta família e de muitos emigrantes portugueses, numa obra ricamente documentada, com dezenas de fotografias, um breve glossário toponímico, uma cronologia histórica e ainda uma lista de conterrâneos que nasceram, viveram ou trabalharam na actual República Democrática do Congo.

Comentários


A mostrar os últimos 20 comentários:

Vítor Nabais , 10/02/2021 15:37

Sobre o tema, apesar de ter o foco na família, as referências a outros companheiros de aventuras dá-lhe um inequívoco valor histórico. Mas também literário, ao mostrar factos, testemunhos e percepções que só a disciplina académica, o ter e reter testemunhos e a elegância narrativa e quase nos transportam a universos ficcionais, com pessoas e factos transformados em personagens e situações imaginadas. O choque civilizacional é, muitas vezes, uma imensa e trágica ironia, onde quer que ocorra: se a presença europeia tinha fins claros, com Leopoldo da Bélgica, as independências foram, muitas vezes, processos que incluíram o pior do era suposto resolver, o bem dos seus povos. talvez o ponto crítico sejam percepções tão diferentes do sentido da vida sobre o lugar do indivíduo na comunidade, mas também as crenças, rituais ou propósitos. Talvez! Parabéns por esta revisitação à história de muitos de nós (e dos outros), um livro a não perder. Vítor Nabais.

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Branca , 09/02/2021 23:20

O autor elaborou uma narrativa verídica, com base em testemunhos de familiares e pesquisas históricas. À medida que vamos evoluindo na leitura, o texto vai-se impondo também como literatura de viagem ou como romance histórico.
Obra muito bem estruturada, muito didáctica e com uma escrita límpida, apelativa, com belas passagens descritivas da selva africana e de outros lugares daquele "coração de África". Este Congo aqui descrito e recordado não é o "Coração das trevas" de Joseph Conrad, mas um mundo novo que deu mundo àqueles portugueses que o demandaram, fugindo à pequenez de um Portugal muito pobre, inculto e intelectualmente acorrentado.
Parabéns ao autor. Ficamos à espera de novas obras.

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