
Sinopse
Em Junho de 1944, os Estados Unidos da América encaravam com perplexidade o seu inimigo japonês na II Guerra Mundial. Como acelerar a vitória? Como lidar com e ocupar o Japão após a vitória militar? Para dissipar estas incertezas, o governo e as forças armadas norte-americanas pediram à antropóloga Ruth Benedict que estudasse os japoneses e traçasse um retrato das suas normas e valores culturais, tão diferentes dos apresentados pelos povos ocidentais.
Em tempo de guerra, o caminho fácil seria condenar, indiscriminadamente, o povo japonês, mas Ruth Benedict, considerada pelo escritor holandês Ian Bruma, como «uma escritora de grande humanidade e grandeza de espírito», apresentou ao mundo um estudo ponderado e matizado do carácter japonês. Nascia assim um dos mais fascinantes livros do século xx: O Crisântemo e a Espada.
O ensaio abriu ao mundo uma soberba porta de entrada para o estudo e compreensão dos complexos padrões da cultura japonesa, que explicam não só o militarismo de tempos passados, mas também a fabulosa expansão pacífica levada a cabo pelo povo japonês no período do pós-guerra.
Desde a sua publicação, há quase meio século, já foram vendidos, segundo Nanuku Fukui, «mais de dois milhões e 300 mil exemplares no Japão» e a sua leitura continua a ser, ainda hoje, «indispensável» para o povo nipónico.