Sinopse
Francisco d’Ollanda - um dos primeiros humanistas portugueses - toma, no século XVI, a incumbência de encontrar uma solução para a sede crónica na capital do Reino. Mas várias adversidades abortam esta tentativa. A sua morte acaba, contudo, por não ser um obstáculo a que «acompanhe» e nos relate as peripécias da construção do Aqueduto das Águas Livres, iniciada apenas no reinado de D. João V, na primeira metade do século XVIII.
Sob a forma de espírito omnipresente e omnisciente, ele narra paralelamente - num tom intimista e humorístico - as intrigas da Corte, a libertinagem e o fausto da vida do rei, o despontar da Maçonaria e o quotidiano surrealista de uma sociedade que vacila entre as crendices e o terror à Igreja. Mas ter-se-á Francisco d’Ollanda limitado ao papel de testemunha durante as duas décadas que levaram a ligar, numa extensão de Nove Mil passos, a Fonte das Águas Livres a Lisboa?