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Poema e Poesia de Miguel Torga

O arco, a corda e a seta…

Mas erraste,

Poeta!

Em vez de ser no coração do mundo

Que acertaste,

Foi o teu que rasgaste.

 

E tão frágil que ele era!

Rubra quimera

Aberta à desventura

Do eterno desdém,

Pedia aquele cuidado que se tem

Junto dum berço ou de uma sepultura.

 

Mas desferiste o golpe enraivecido,

Sem reparar

Que o agressor é sempre o agredido,

Quando agride a cantar.

 

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