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Poema e Poesia de Manuel Maria Barbosa du Bocage

Amor
Manuel Maria Barbosa du Bocage

Meus Olhos, Atentai no Meu Jazigo

Meus olhos, atentai no meu jazigo, 
Que o momento da morte está chegado; 
Lá soa o corvo, intérprete do fado; 
Bem o entendo, bem sei, fala comigo: 

Triunfa, Amor, gloria-te, inimigo; 
E tu, que vês com dor meu duro estado, 
Volve à terra o cadáver macerado, 
O despojo mortal do triste amigo: 

Na campa, que o cobrir, piedoso Albano, 
Ministra aos corações, que Amor flagela, 
Terror, piedade, aviso, e desengano: 

Abre em meu nome este epitáfio nela: 
“Eu fui, ternos mortais, o terno Elmano; 
Morri de ingratidões, matou-me Isabela.” 

Em 'Rimas'

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