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Poema e Poesia de Luís Vaz de Camões

Amor
Luís Vaz de Camões

De quem o mesmo Amor não se Apartava

Já a roxa e clara Aurora destoucava 
Os seus cabelos de ouro delicados, 
E das flores os campos esmaltados 
Com cristalino orvalho borrifava; 

Quando o formoso gado se espalhava 
De Sílvio e de Laurente pelos prados; 
Pastores ambos, e ambos apartados 
De quem o mesmo Amor não se apartava. 

Com verdadeiras lágrimas, Laurente, 
− Não sei − dizia − ó Ninfa delicada, 
Porque não morre já quem vive ausente, 

Pois a vida sem ti não presta nada. 
Responde Sílvio: − Amor não o consente, 
Que ofende as esperanças da tornada. 

em "Sonetos"

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