Sinopse
Um dos grandes clássicos de todos os tempos, "O Príncipe" continua a ser uma obra perturbadoramente realista e profética sobre o que é necessário para se ser um príncipe... um rei... um presidente... um político. Quando, em 1512, Maquiavel foi retirado do seu posto na sua amada Florença, decidiu escrever um tratado sobre a liderança que fosse essencialmente prático e não idealista.
Críticas ao livro " O Príncipe "
Fonte:
Trabalhos Feitos
A famigerada obra de Machiavel é livro de cabeceira de muitos estudiosos políticos. Não é por menos que muitos a consideram a “bíblia” do absolutismo. Toda sua fama justifica-se pelo fato do autor expor os caminhos os quais, um príncipe deve traçar para manter o principado, sendo estes, em sua maioria, um trajeto coercivo. Mas, vale lembrar, que ele tratava especificamente de um momento vivido pelo Itália na renascença onde os interesses individuas acabavam por provocar uma ruína nos interesses da coletividade. Com necessidade de reflexão para se trabalhar a unificação da Itália é que deve ser vistas as idéias do autor.
Por isso, analisada com atenção, percebe-se que esta obra defende uma centralização política do poder que, quanto mais fragmentado for, dificilmente será controlado. Mas isso não quer dizer poder absoluto, erroneamente creditado sua gênese teórica à obra de Machiavel. Assim sendo, muitos estudiosos consideram deturpadas algumas idéias tiradas do livro.
A celebre frase Os fins justificam os meios, que não se encontra textualmente na obra, mas tiradas conclusões a partir do texto, faz com que o autor seja cultuado por diversas gerações. O seu significado seria que ao Príncipe é dada toda autoridade para fazer o que for preciso para manter sua autoridade. Por essa e outras idéias extraídas do livro, ser chamado de Maquiavélico ganhou ar pejorativo, tendo como significado que a pessoa não tem escrúpulos para conseguir o que deseja.
É que, em verdade, não existe modo seguro para conservar tais conquistas, senão a destruição. E quem se torne senhor de uma cidade acostumada a viver livre e não a destrua, espere ser destruído por ela, porque a mesma sempre encontra, para apoio de sua rebelião, o nome da liberdade e o de suas antigas instituições, jamais esquecidas seja pelo decurso do tempo, seja por benefícios recebidos (pag.37).