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Notícias



Novidades Afrontamento - Maio

15 Mai, 2024

NOVIDADES AFRONTAMENTO/TEODOLITO

Maio de 2024

 

FICÇÃO

 

Cenas da Vida de um Minotauro

José Viale Moutinho

(Chancela Teodolito)

                 

Os nove contos que compõem Cenas da vida de um Minotauro, oito revistos e o último inédito, sem linhas contínuas mas com afinidades, dão voz ao sentimento coevo de um europeu ocidental. A revisão da Guerra Civil Espanhola e da irmandade do franquismo com o salazarismo, que com a colaboração da PVDE financiou as tropas de Franco, está omnipresente nestes contos, nos quais o conflito e os seus resquícios encontram algumas das mais belas páginas que a literatura lhes tem dedicado. Vinte anos volvidos da edição original, são revistos e reeditados estes contos, os quais seriam suficientes para José Viale Moutinho ser reconhecido como um dos maiores contistas contemporâneos, digno dos prémios que recebeu, como o recente Prémio Literário Inês de Castro, atribuído em 2022, e de outros que nunca lhe entregaram.

(Do Prefácio, por Fernando Batista)

 

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/cenas-da-vida-de-um-minotauro

 

Henrique Dinis da Gama

(Edições Afrontamento / Coleção Vidas)

 

Antes de se deitar, da janela da sala olhou para a Baía e para o Porto. Apesar do cansaço, ficou a meditar na cidade, agora bem diferente da que encontrara à sua chegada em 1906. O Liceu Salvador Correia já dispunha de instalações próprias, a Avenida do Hospital a galgar a suave pendente, o Porto, obra que estivera a cargo da sua empresa, o Cine-Teatro Nacional, que trabalheira! A urbanização e o saneamento, tantas batalhas travara, através da Imprensa, quando estava à frente dos desígnios da Câmara Municipal! Longe de imaginar que a cidade crescera também por sua mão: estendera a Cidade Alta. E a Loanda que conquistara, a que em sua casa se divertira até ao romper do dia, habitava esse novo Bairro. Mais do que nunca, a cidade oferecia-lhes um futuro abençoado. Não decidira já que seria essa amada terra a comer-lhe os ossos? E à Lisboa nativa, que destino prestava? Adormeceu profundamente, na sua poltrona. Restos de maquilhagem clownesca davam à sua corpulência o oposto sentido da jovialidade que conseguira debaixo da máscara que escarnecia o Bei de Tunis.

 

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/loanda-cidade-alta

Crisântemo Branco. Abril. Rostos e Vozes. Liberdade

Eugénia Soares Lopes (texto) e Paulo Gaspar Ferreira (fotografias)

(Edições Afrontamento / Coleção Álbuns)

 

«Ah, só há liberdade a sério quando houver

a paz, o pão

habitação

saúde, educação

só há liberdade a sério quando houver

liberdade de mudar e decidir

quando pertencer ao povo o que o povo produzir

quando pertencer ao povo o que o povo produzir»

— Sérgio Godinho

 

Que confere, então, unidade ao volume? Talvez a circunstância de, no essencial, se constituir como um livro de afectos, de recordações e de tributos alinhados com uma visão de futuro que claramente pretende deixar registada uma memória de gentes, de lugares, de momentos, pontuando esse discurso memorialístico de curtos fragmentos de poemas ou de testemunhos assinados por outros (Abel Salazar, Bento de Jesus Caraça, José Gomes Ferreira, Carlos de Oliveira, Sophia, Luís Veiga Leitão, Eugénio de Andrade, Ramos Rosa, José Afonso, Saramago, Matilde Rosa Araújo, Ary dos Santos…).

No ano em que se comemora o 50.º aniversário dessa Revolução que abriu a Portugal as portas da liberdade e do regresso à democracia, tudo o que temos estado a descrever ganha especial ressonância. E, no livro, atestam-no textos como «Os cravos» e «Ao fundo: a Felicidade», a par doutros segmentos em que a tonalidade lírica e o registo poético imperam.

 

Nesta escrita de Eugénia Soares Lopes, Abril está vivo e recomenda-se. Cinquenta anos volvidos sobre «o dia inicial inteiro e limpo» de que falou Sophia de Mello Breyner Andresen, ainda bem que assim é.

 

(Da Introdução, por José António Gomes) 

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/crisantemo-branco

 

ENSAIO

 

Na Teia da Aranha. Debate público, mobilização e internacionalismo no movimento operário português (1865-1877)

João Lázaro

(Edições Afrontamento / Coleção Movimento Operário Português)

 

Ao estabelecer a baliza cronológica entre o Primeiro Congresso Social (1865) e o Primeiro Congresso dos Operários Socialistas de Portugal (1877), João Lázaro consegue identificar as diversas ruturas e mobilizações nas organizações dos trabalhadores, o impacto na esfera pública e abordar a correspondência entre Portugal, Karl Marx e Engels. O autor desenvolve uma interessante tese sobre o surgimento de uma teia de aranha internacionalista em Portugal que coloca desafios transnacionais aos socialistas.

Como salienta no prefácio a professora Fátima Sá: «O livro que aqui se apresenta é um livro que fazia falta. Fazia falta aos historiadores que trabalham sobre o século XIX, aos que estudam movimentos sociais, e, naturalmente, àqueles cujo foco é o movimento operário. Fazia falta, igualmente, ao chamado “leitor comum”, ou melhor, ao vasto universo dos leitores que, fora da academia, se interessam pela disciplina da história em geral e por estes temas em particular, sendo muitos vezes olimpicamente ignorados pelos historiadores».

 

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/na-teia-da-aranha

 

25 de Abril no Futuro da Democracia

Álvaro Vasconcelos

(Edições Afrontamento / Coleção Textos)

 

«Um livro que sublinha o papel da memória histórica, que afirma que as nações que querem avançar para o futuro não podem mitificar o passado, numa altura em que emergiram forças que querem branquear o regime salazarista.»

— Irene Pimentel

«Um livro que fala da singularidade da revolução portuguesa. Tudo de uma forma sucinta, mas muito esclarecedora. Um livro suficientemente curto para ser atraente e, ao mesmo tempo, muito denso em ideias e cheio de conceitos importantes para refletirmos.»

— Lídia Jorge

 

«Para aqueles a quem não foi dado viver esses momentos de viragem em Portugal e no mundo, [esta obra] é talvez uma viagem indispensável, que vai para além dos estudos académicos, em que a vivência direta, pessoal e política permitem traçar um retrato fácil de compreender.»

— Teresa de Sousa

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/25-de-abril-no-futuro-da-democracia

 

Manuel Sérgio. Obra Seleta. Volume II. O Desporto Enquanto Projeto Ético e Político

Gonçalo M. Tavares (coord.)

(Edições Afrontamento / Coleção Obra Seleta de Manuel Sérgio)

O nome primitivo assentava na premissa cartesiana da separação entre o corpo e o espírito, ao passo que o novo visava superar a dita divisão, uma vez que a motricidade humana, se tem obviamente uma parte corporal, tem também uma outra, não menos relevante, que é eminentemente mental: as duas têm de estar bem articuladas para que o corpo se mova da melhor maneira, por exemplo na prática de uma modalidade desportiva. Mas nada do que é o corpo humano em movimento é estranho à Ciência da Motricidade Humana: a dança, o circo, a ergonomia, a reabilitação, etc. A máxima do poeta romano Juvenal dos séculos I e II da nossa era mantém-se atual: mens sana in corpore sano.

O presente conjunto de Obras Seletas cumpre a função de apresentar ao leitor interessado o sumo da extensa obra de Manuel Sérgio e de o dar a beber a quem tiver sede. O essencial do pensamento sergiano foi organizado por uma competente equipa editorial em quatro volumes. O primeiro, coordenado por Gustavo Pires, trata a Ciência da Motricidade Humana. O segundo, coordenado por Gonçalo M. Tavares, intitula-se o Desporto Enquanto Projeto Ético e Político. O terceiro, Filosofia, Corporeidade, Desporto-cultura, é da responsabilidade de Miguel Real. Por último, o quarto volume, Poesia Toda, reúne a totalidade da sua produção poética e é da responsabilidade de Luísa Paolinelli.

 

Faltava um abrégé que permitisse a todos e quaisquer interessados — e os novos são muito bem-vindos — orientarem-se no corpo denso e fascinante do pensamento de Manuel Sérgio sobre o movimento do homem. Agora já não falta!

 

(Adaptado do Prefácio, por Carlos Fiolhais)

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/manuel-sergio-obra-seleta-volume-ii

 

 

POESIA

Lama e Alvorada - Vol. II. Poesia Reunida 1953-2015

Afonso Cautela

(Edições Afrontamento / Coleção Obscuro Domínio)

 

Afonso Cautela, nascido no Baixo Alentejo, publicou o seu primeiro livro de poemas, Espaço Mortal, em 1960. Nessa estreia, logo se percebeu que o autor entendia a sua actividade como de alto risco. A poesia não era para ele um adorno inofensivo, nem uma questão de erudição, nem mesmo de talento, mas um lugar inequívoco onde o poeta jogava a sua sorte. Nesse espaço, que suspendia o mundo, se decidia a vida ou a morte.

 

(António Cândido Franco, Sudoeste. Revista  de Literatura Ibérica, 2012)

 

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/lama-e-alvorada-vol-ii

 

TEATRO

 

Manual de Teatro. Cadernos ContraCena

Antonino Solmer (dir.)

(Edições Afrontamento / Coleção Teatro)

 

Comemoram-se no Dia Mundial do Teatro de 2024 — ano em que a presente edição, a 6ª, é publicada pelas Edições Afrontamento — 25 anos sobre o lançamento, em 1999, deste Manual de Teatro.

 

Se um tal feito editorial é invulgar e merece ser assinalado, esta celebração fica, por outro lado, marcada pelo desaparecimento recente e inesperado de quem sonhou, concebeu e dirigiu esta obra, e preparou ainda a sua reedição para este 25.º aniversário. Antonino Solmer (1950 - 2024) foi actor, encenador, pedagogo e formador de uma geração de actores profissionais e amadores.

 

Da equipa de autores — maioritariamente constituída por jovens ex-alunos de Antonino Solmer — todos, com uma excepção, são ainda hoje profissionais das áreas sobre as quais escreveram os capítulos do Manual. Cada um deles sente, decerto, um impulso para actualizar a informação então reunida, mas tem também uma certeza: a de que este Manual continua a ser uma ferramenta imprescindível e preciosa para os seus alunos e para todos os que continuam a querer e a gostar de fazer teatro, de ver teatro, de saber como ele acompanha a humanidade desde sempre.

 

(Ana Maria Pereirinha, em Nota à 6.ª Edição)

 

Disponível aqui:

https://www.edicoesafrontamento.pt/products/manual-de-teatro

 

INFANTOJUVENIL

 

A Pampa e o Pampo

Cristina Villas-Boas (texto) e Maria Madeira (ilustração)

(Edições Afrontamento / Coleção Tretas e Letras)

 

A Pampa e o Pampo não são felizes onde vivem. A pampa decide que é hora de mudar, partir para a aventura e ajudar o seu novo amigo. Esta é uma história sobre o poder da amizade, de enfrentar os medos com coragem e seguirmos os nossos sonhos. Também nos mostra que nem sempre as coisas correspondem àquilo que esperamos delas e o que às vezes, para sermos felizes, só precisamos de ser gratos por aquilo que temos.

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