Noite de Santo António , Poema de Norberto de Araújo Interpretado por Amália Rodrigues
Letra: Norberto de Araújo
Música: Raul Ferrão
Intérprete: Amália Rodrigues (in CD "Marchas Populares", EMI-VC, 2005)
Cá vai a marcha, mais o meu par
Se eu não o trouxesse, quem o havia de aturar?
Não digas sim, não me digas não
Negócios de amor são sempre do coração
Já não há praça dos bailaricos
Tronos de luz no altar de manjericos
Mas tem a praça que foi da figueira
A gente cá vai quer queira ou não queira
Ó noite de Santo António
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraiais
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais
Lisboa é sempre a namoradeira
Tantos derrices que até já fazem fileira
Não digas sim, não me digas não
Amar é destino, cantar é condão
Uma cantiga, uma aquarela
Um cravo aberto debruçado da janela
Lisboa linda do meu bairro antigo
Dá-me teu bracinho
Vem bailar comigo
Ó noite de Santo António
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraiais
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais