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Poema e Poesia de Maria Teresa Horta

São de bronze 
os palácios do teu sangue 

de cristal absorto 
encimesmado 

São de esperma 
os rubis que tens no corpo 
a crescerem-te no ventre 
ao acaso 

São de vento – são de vidro 
são de vinho 
os liquidos silencios dos teus olhos 

as rutilas esmeraldas que 
sózinhas 
ferem de verde aquilo que tu escolhes 

São cintilantes grutas 
que germinam 
na obscura teia dos teus lábios 

o hálito das mãos 
a língua – as veias 

São de cupulas crisálidas 
são de areia 

São de brandas catedrais 
que desnorteiam 

(São de cupulas crisálidas 
são de areia) 

na minha vulva 
o gosto dos teus espasmos 

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