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Sinopse

«Todo homem é a ruína de um homem, eu poderia ter pensado. Aquele homem que se apresentava aos meus olhos era a encarnação dessa máxima, um ser em estado precário, um corpo soterrado em seus próprios escombros.»

Assim começa A ocupação e a viagem de Sebastián, que vive uma pequena tragédia familiar: o aborto espontâneo de um filho, inaugurando um penoso período de luto, a par e passo com o internamento prolongado do pai, com um pulmão perfurado. Sem saber como agarrar o fio da sua própria existência em ruínas, o narrador recebe uma chamada de um refugiado sírio, convidando-o para uma conversa. Vendo nesse convite o pretexto necessário para se evadir do quotidiano, Sebastián vagueia por São Paulo rumo ao Hotel Cambridge, ruína de um prédio outrora grandioso e no presente ocupado por um grupo de sem abrigo. Mergulhando nas histórias que o edifício encerra, o nosso narrador será por elas ocupado, até também ele se esquecer de quem era antes.

No romance A resistência, vencedor do Prémio Literário José Saramago, Julián Fuks depositou na personagem de Sebastián o seu alter-ego, para, através dele, reconstituir as peças da história íntima da sua família e do seu país. Neste novo romance, o autor regressa à personagem de Sebastián para olhar de novo a família, entretanto alargada, e o mesmo país, à beira da ruína.

Juntando à sua voz outras vozes, incluindo a de Mia Couto - seu companheiro no processo de escrita do romance, e nele personagem -, o autor-narrador deambula por histórias e lugares, expondo várias formas de ocupação. Com uma prosa bela e delicada, Julián Fuks revela a fragilidade da vida, o drama da solidão, a luta das pessoas comuns para renascer das ruínas no meio das "pequenezas quotidianas". A ocupação é uma tocante história de perda e de resiliência pela mão de um dos mais promissores autores brasileiros do presente.

Extras

CRÍTICAS DE IMPRENSA
 
«Basta abrir uma página qualquer do seu romance para identificar, na cadência das frases, na estrutura dos parágrafos, na sofisticação do estilo, o sopro de um grande talento literário.»
José Mário Silva, Expresso

«Um romance contra a barbárie. Sem se esquivar da discussão política, Fuks transcende a ideia de pontos de fuga e, como Orwell, mergulha no outro. Fuks faz da literatura um manifesto de sobrevivência e de reflexão, impondo ao leitor um exercício contínuo de alteridade e empatia.»
Jonatan Silva, Escotilha

«A Resistência e A Ocupação, que têm o mesmo narrador e compartilham, de certa forma, o mesmo universo. Juntos, podem ser mais do que livros —se tornam duas das palavras de ordem mais repetidas por movimentos sociais no mundo: ocupar e resistir.»
Bruno Molinero, Folha de S. Paulo

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