Sinopse
Buenos Aires, 1953. Witold Gombrowicz, polaco exilado cuja consagração era ainda uma miragem, escrevia as primeiras linhas — talvez das mais memoráveis em toda a literatura — deste Diário inclassificável, que só a sua morte interromperia em 1969. Destinadas aos leitores polacos da revista Kultura em Paris, estas crónicas estralejantes sobre uma miríade de temas, em que «cada palavra é escrita contra a corrente» e pura dinamite que rebenta com estrondo ideias feitas, converter-se-iam na magnum opus do autor. Nada sai ileso: o efémero conforto das ideologias, a pequenez dos nacionalismos, o provincianismo literário, a arte politicamente comprometida e a humanidade em geral. No pano de fundo do exílio na Argentina, forçado pela guerra, assomam a magia da pampa, lampejos do quotidiano, a par de vultos como Silvina Ocampo, Jorge Luis Borges e Virgilio Piñera, e traça-se o retrato de uma mente brilhante e insatisfeita, de um iconoclasta e subversor em busca de uma identidade. Proibido pelo regime comunista na Polónia, Diário circulou clandestinamente e apenas em 1989 foi publicado sem os cortes da censura.
Extras
«Ter este livro nas minhas mãos deu-me uma grande alegria: mais cedo ou mais tarde, as personalidades fortes, como a de Gombrowicz, recebem o merecido reconhecimento graças à absoluta intensidade da sua existência.» Czesław Miłosz
«O Diário de Gombrowicz não só nos ajuda a viver mas também nos torna mais inteligentes.» Enrique Vila-Matas
«O Diário de Gombrowicz influenciou profundamente as minhas noções de identidade e literatura.» Karl Ove Knausgård