Sinopse
ia San Marino, 12: no rés do chão de um pequeno prédio amarelo, um menino traça caminhos no mapa-múndi que cobre a parede do seu quarto. As náuseas que sentiu durante a viagem de barco entre o Brasil e Itália ficaram para trás, e o desejo de traçar novas rotas cartográficas é deslocado para as ruas de uma cidade inteira por descobrir.
Pela mão de Chico Buarque, somos levados num périplo por uma Roma que já não existe e talvez não tenha existido, a cidade que o recebeu quando, aos seus nove anos, a família se mudou para lá. Vivemos com o autor a aventura de todas as reminiscências do fim da infância: as partidas de futebol com Amadeo, o filho do merceeiro; as saudades do feijão com arroz; as escapadelas da escola; as primeiras erupções do desejo; a paixão juvenil por Sandy L., alimentada por cartas e bilhetes românticos.
Montado na sua bicicleta niquelada, Chico Buarque ziguezagueia pelas ruas da Cidade Eterna num equilíbrio delicado e irresistível entre memória e imaginação, compondo uma narrativa sedutora e comovente, que abre as portas ao passado e a todos os mundos possíveis. Bambino a Roma é uma deliciosa aguarela de lugares, recordações e sonhos.