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Simão Silva , 15/07/2023 18:09

Gosto muito dos escritores sul-americanos, em particular do Luís Sepúlveda do qual já li cerca de uma dezena de livros. Embora não partilhe das suas convicções políticas (às quais não sou alheio) nunca me impediram de disfrutar da beleza que tem a sua forma simples de escrever, limpa e direta mas melódica e envolvente.
Porém, em 'Rosas de Atacama' (ou Historias Marginales, no original em castelhano) as orientações ideológicas, extravasam, largamente, o que eu espero de uma livro de 'histórias'. Há várias situações que roçam a hipocrisia, não há uma única referência às ditaduras comunistas de Cuba ou Venezuela (já para não falar na Coreia do Norte ou China) enquanto regimes opressores ou mesmo à ex-RDA, que só com a sua reunificação permitiu que Sepúlveda pudesse viver tranquilamente em Hamburgo. Não deixa de ser curioso que as cidades que escolheu para viver após o exílio tivessem sido todas na Europa democrática: Paris, Gijón (na tão elogiada Astúrias) e Hamburgo (mesmo assim, atacando fortemente o regime democrático alemão).
Se foi obrigado a sair de um país por força de uma ditadura atroz, cruel e desumana por que razão não se exilou em Cuba ou na Venezuela? Entendo, perfeitamente, as suas razões (eu também jamais seria capaz de viver em nenhum desses países...) mas que não tente com os seus romances e histórias branquear regimes igualmente repressivos como o de Pinochet e, acima de tudo, julgar injustamente os países que o receberam de portas abertas quando mais precisou.
Não fosse pela riqueza dos personagens das histórias que conta neste livro, e pareceria um folhetim propagandista de esquerda radical.
Felizmente, para mim, retenho com as boas memórias que a leitura de Patagónia Express, O Velho que lia romances de amor ou Diário de um Killer Sentimental.
Onde quer que estejas agora, envio-te um abraço ‘sentimental’.

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