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Sinopse

O excelente livro de Fernando Vallejo, recentemente adaptado ao cinema por Barbet Schroeder, passa-se na Medellín dos nossos dias, na vertigem das suas ruas atestadas de desempregados e mendigos, de ladrões e assassinos, de vendedores ambulantes e fumadores de basuco, pobres seres ultrapassados por uma realidade que ao Estado e a eles próprios escapou das mãos. Por entre essa multidão de fantasmas maldizentes andam o narrador louco ou lúcido e o adolescente assassino tentando remediar o que já não tem remédio. Andam sem se voltarem para trás, porque nessa cidade de ficção àquele que se volta para trás ficam a conhecê-lo e matam-no.

Nas ruínas de uma sociedade que cortou com os seus valores e o seu passado, em que os assassinos contratados são crianças, em que a impunidade é a regra e a violência o ar que se respira, e quando já não há mais nada a fazer a não ser rezar e aspergir com água benta as balas, a pequena igreja perdida de Sabaneta, a de Maria Auxiliadora, converte-se num santuário, num centro de peregrinação e, ao mesmo tempo, de referência das páginas alucinadas deste romance. A Virgem dos Sicários, mais do que um romance, é um prontuário feito parábola em que os seres vivos se convertem em fantasmas e o espanhol em calão de subúrbio. Parábola de uma raça à deriva e, em última instância, da condição humana sem sentido nem redenção possível.

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