
Sinopse
Escritor americano com uma extensa obra literária focada sobre a América, John Steinbeck quis, aos 58 anos, redescobrir o seu país. A bordo de uma camioneta a que chamou Rocinante, tendo apenas como companhia o cão-d’água Charley, partiu numa viagem de mais de três meses do Maine à Califórnia, atravessando quarenta Estados norte-americanos. Dessa expedição resultou o livro Viagens com o Charley, que a Livros do Brasil publica a 2 de junho, e que permanece hoje como uma das obras mais surpreendentes de Steinbeck, onde o discurso diarístico se enlaça com o ficcional e onde se sente ressoar um alerta profético de uma enorme atualidade, nomeadamente em temas como o racismo, o consumismo e a degradação da Natureza.
Viagens com o Charley foi lançado pela primeira vez em meados de 1962, meses antes de o autor ser distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, e alcançou um êxito estrondoso. Com um olhar de algum humor e muito ceticismo, Steinbeck produziu uma reflexão crítica que é também uma reunião de memórias, um autorretrato de um homem que até então pouco assumira na sua obra como autobiográfico.