Sinopse
«Alinhando com os que gaguejam e balbuciam na tentativa de dar voz ao seu desespero solitário, poderia eu ficar a andar de cá para lá na espessa alcatifa do meu apartamento num bairro para privilegiados enquanto saboreava Shakespeare? — Czeslaw Milosz
Publicada originalmente em 1953, escrita por Milosz durante o seu tempo de exílio em Paris, A Mente Aprisionada é considerada uma obra fundamental e um clássico no estudo do totalitarismo. Através de pequenas narrativas biográficas de intelectuais polacos e a sua relação com o regime comunista em vigor, Milosz, Prémio Nobel de Literatura em 1980, descreve o domínio social completo que este exerceu à época ao subjugar o espírito e as ideias por meio da «transmissão orgânica» de um pensamento único.
Milosz ilumina e resume essa Visão do Mundo e a obediência ao seu Método sedutor e persuasivo num conjunto de textos inovadores e precursores, à época polémicos, que anteciparam as dissidências e denúncias posteriores ao estalinismo. O estilo narrativo único, incisivo e sardónico, erudito e eloquente, que conjuga reflexão filosófica e política com a descrição biográfica quase ficcional, fazem de A Mente Aprisionada uma obra única e incontornável da literatura ensaística, e um dos livros mais influentes e inspiradores alguma vez escritos sobre o tema. Estava, até hoje, inédita em Portugal.
Extras
«Deu-nos uma descrição da cultura totalitária como mais ninguém o fez.» — The Sunday Times
«Um livro assustador. Tem de ser lido.» — The Guardian