Sinopse
Ao longo de uma obra já volumosa e densa, reunindo ensaio, crónica e poesia, José Tolentino Mendonça escreveu fragmentos notáveis e memoráveis - acerca da presença de Deus, do amor, da solidão e da sua necessidade, dos cinco sentidos, da travessia do deserto, do tempo e da lentidão, mas também sobre a beleza que dá sentido às coisas, e que é nosso dever procurar todos os dias.
Este livro transcreve alguns desses fragmentos, transformados em aforismos, ensinamentos para o dia a dia, perguntas que nos devem inquietar ou levar a escolher um caminho, bem como exemplos dessa procura permanente da beleza e da felicidade.
Uma escrita que oscila entre o poético e o confessional, dirigindo-se diretamente a cada leitor, a cada um de nós, e que busca um caminho ou a luz perdida da comunhão com o infinito.
Extras
Citações:
«O grande risco é o de nos deixarmos mergulhados numa vida inautêntica, uma vida que não é vida, feita de imagens e de aparências. O que passa a contar, no fundo, é a ilusão que se projeta e que é preciso salvar a todo o custo. Hoje muita gente parece mais interessada em salvar as aparências do que em salvar-se a si própria. Num vazio sempre mais amplo, a imitação acaba por obscurecer o original. E assistimos ao triunfo da sociedade do espetáculo, gerida por uma ética provisória e funcio-nal, que não chega a tocar o homem.»
«Deus sabe reconhecer os nossos frágeis passos de algodão, os intermináveis corredores solitários onde a noite nos persegue, o medo que a certas horas se lê nossos olhos desamparados.»