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Gonçalo M. Tavares ganha prémio PT

05 Nov, 2007

"O valor dos prémios é o valor do júri que os dá e este foi dado pelos melhores críticos brasileiros." Foi desta forma que Gonçalo M. Tavares comentou ao DN a sua satisfação por receber aquela que é, no Brasil, a maior distinção atribuída a escritores de língua portuguesa.

Com o romance Jerusalém, o autor torna-se o primeiro não brasileiro a ser distinguido com o Prémio Portugal Telecom em Língua Portuguesa no valor de 50 mil reais (cerca de 18 700 euros.)

O romance de Gonçalo M. Tavares foi o escolhido entre um total de 200 obras de ficção, numa selecção que passou por várias fases. "Foi uma escolha feita pelos melhores académicos do Brasil, uma escolha feita por leitores atentos. É uma escolha feita com muito rigor, muito vigiada", acrescentou o escritor que confessou ainda não colocar nenhum prémio à frente de outro. Recorde-se que Jerusalém (2004) já foi distinguido em Portugal com o Prémio Ler/Millennium e com o Prémio José Saramago e foi ainda finalista de dois importantes prémios literários em Itália.

Com edição agendada para França para o próximo ano, o romance faz parte de uma tetralogia que termina em Novembro com a publicação, pela Caminho, de Aprender a Rezar na era da Técnica e que inclui ainda os títulos Um Homem Klaus Klump e A Máquina de Joseph Walser (todos na Caminho).

Sobre a obra a sair diz: "É um livro que considero muito forte e com o qual estou muito satisfeito", conclui sem se considerar um autor de uma só obra - Jerusalém - ele que em poucos anos se tornou um dos escritores com mais títulos publicados em Portugal e que neste momento está a ser traduzido em 17 países. "Vejo sempre os livros muito ligados", salienta

Gonçalo M. Tavares foi o primeiro classificado num prémio que distinguiu mais duas obras: Macho não Ganha Flor, de Danton Trevisan e História Natural da Ditadura, de Teixeira Coelho, ambos autores brasileiros.

"Devia começar a pensar-se a sério em atribuir prémios à língua portuguesa; pensar a língua no global e não espartilhada por países. A língua é o mínimo denominador comum", defende o escritor que, na mesma filosofia, gostaria de ver aparecer editoras de língua portuguesa a editar obras em simultâneo em Lisboa, no Rio de Janeiro ou em Maputo.

"Todos teríamos a ganhar com isso e poderíamos olhar para a experiência dos espanhóis. Eles fazem isso com os prémios. Não distinguem nacionalidades, mas sim a língua." Por tudo isto, sublinha, é com "muito orgulho" que recebe um prémio destinado a todos os autores que escrevem em português."

(fonte DN Online)

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