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Poema e Poesia de Antero de Quental

Vida
Antero de Quental

Lacrimae Rerum

Noite, irmã da Razão e irmã da Morte, 
Quantas vezes tenho eu interrogado 
Teu verbo, teu oráculo sagrado, 
Confidente e intérprete da Sorte! 

Aonde são teus sóis, como corte 
De almas inquietas, que conduz o Fado? 
E o homem porque vaga desolado 
E em vão busca a certeza que o conforte? 

Mas, na pompa de imenso funeral, 
Muda, a noite, sinistra e triunfal, 
Passa volvendo as horas vagarosas... 

É tudo, em torno a mim, dúvida e luto; 
E, perdido num sonho imenso, escuto 
O suspiro das coisas tenebrosas... 

Antero de Quental, in "Sonetos"

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