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Poema e Poesia de Manuel Maria Barbosa du Bocage

Mundo
Manuel Maria Barbosa du Bocage

Adamastor Cruel! De Teus Furores

Adamastor cruel! De teus furores 
Quantas vezes me lembro horrorizado! 
Ó monstro! Quantas vezes tens tragado 
Do soberbo Oriente os domadores! 

Parece-me que entregue a vis traidores 
Estou vendo Sepúlveda afamado, 
Co'a esposa e co'os filhinhos abraçado, 
Qual Mavorte com Vénus e os Amores. 

Parece-me que vejo o triste esposo, 
Perdida a tenra prole e a bela dama, 
Às garras dos leões correr furioso. 

Bem te vingaste em nós do afoito Gama! 
Pelos nossos desastres és famoso. 
Maldito Adamastor! Maldita fama! 

Em 'Rimas'

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