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Poema e Poesia de Manuel Maria Barbosa du Bocage

Mundo
Manuel Maria Barbosa du Bocage

Oh Retrato da Morte, oh Noite Amiga

Oh retrato da morte, oh noite amiga 
Por cuja escuridão suspiro há tanto! 
Calada testemunha do meu pranto, 
Des meus desgostos secretária antiga! 

Pois manda Amor, que a ti somente os diga, 
Dá-lhes pio agasalho no teu manto; 
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto 
Dorme a cruel, que a delirar me obriga: 

E vós, oh cortesãos da escuridade, 
Fantasmas vagos, mochos piadores, 
Inimigos, como eu, da claridade! 

Em bandos acudi aos meus clamores; 
Quero a vossa medonha sociedade, 
Quero fartar meu coração de horrores. 

Em 'Rimas'

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