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Poema e Poesia de Álvaro de Campos

Mas eu, em cuja alma se refletem 
As forças todas do universo, 
Em cuja reflexão emotiva e sacudida 
Minuto a minuto, emoção a emoção, 
Coisas antagônicas e absurdas se sucedem — 
Eu o foco inútil de todas as realidades, 
Eu o fantasma nascido de todas as sensações, 
Eu o abstrato, eu o projetado no écran, 
Eu a mulher legítima e triste do Conjunto 
Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água. 

em "Poemas"

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