Sinopse
Morrem Mais de Mágoa tem o humor ágil da farsa, mas são inseparáveis do seu enredo tragicómico as análises engenhosas do autor sobre a vida moderna e o dilema de dois homens cujos espíritos brilhantes não os salvam dos erros que todos nós conhecemos – e frequentemente cometemos.
Por que será que as pessoas inteligentes e dotadas se encontram invariavelmente atoladas numa vida sentimental miserável? E por que será que os sobredotados, os intuitivos, os que são capazes de ler no livro dos mistérios da natureza são tão incautos e tolos?
Kenneth Trachtenberg, o narrador desta história, é um especialista em literatura russa, que deixa Paris rumo à América ao encontro do tio, Benn Crader, um botânico famoso. Benn, depois de um casamento falhado, sucessivas experiências e uma longa demanda erótica, acaba por assentar, casando-se com a belíssima Matilda Layamon – às escondidas do sobrinho. Matilda é filha de uma família abastada do Midwest, é muito ambiciosa, e tem metade da idade de Benn. E este casamento, ao invés das cândidas expectativas de Benn, vai trazer-lhe grandes dissabores e ainda maiores sofrimentos. As histórias amorosas de um e de outro, as muitas facetas da relação entre tio e sobrinho, as longas discussões que mantêm sobre os desígnios do amor e do desejo dão corpo a uma narrativa cheia de humor, inteligência e sabedoria.
Extras
«É muito fácil sermos apanhados pela história que Saul Bellow desdobra neste brilhante, divertido e às vezes sufocante romance.» The New York Times
«As conversas [entre tio e sobrinho] são milagres.» The Irish Times
«As pessoas que nós amamos podem ausentar-se das nossas vidas sem ter de morrer, e este [livro de] Bellow está eivado de muitas variações de arrependimento amoroso, desgosto, nostalgia e “experimentação mental”.» The Guardian
«Ninguém escreve sobre as mulheres mais intimamente do que Saul Bellow.» The Guardian
«A trama é comicamente melodramática, mas tem um antecedente literário – a narrativa preferida de Balzac sobre assustadoras conspirações no seio da família, assim como outros mestres pensadores nomeados através do livro (William Blake, Hamlet, Prospero e os pensadores religiosos russos exilados Soloviev, Rozanov, Fyodorov e Ivanov): Balzac é aqui um sistema orientador. Não apenas uma influência, mas o símbolo para um tipo de intelecto que trabalha com desespero heroico contra a corrupção e a iniquidade do mundo moderno.» The New York Review of Books
«Quando viramos as páginas deste livro sentimos que não há imagem que tenha ficado inexplorada por uma mente imparável.» The New York Times Book Review