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Críticas ao livro " O Homem Suspenso "

Fonte: Lídia Jorge (JL-Jornal de Letras, 4.12.1996)
O Homem Suspenso inscreve-se entre os livros sobre um sentimento perturbador de exílio interior. Além desse aspecto, que o faz actual e nascido da mandrágora venenosa própria do nosso tempo, fica-se perante a voz particular de um grande escritor e de um importante livro sobre a dissolução.

Fonte: Urbano Bettencourt (Correio dos Açores, 21.11.1996)
Será talvez o mais literário dos romances de João de Melo, não no sentido de que leve mais longe a magia de uma arte verbal e imagética que se projecta na peculiar intensidade lírica do seu discurso, mas na constatação de que em nenhum outro romance como neste a memória literária se manifestará de forma tão insistente.

Fonte: Álamo Oliveira (Diário Insular, 7.11.1996)
O Homem Suspenso é o perfeito retrato social português, deixando um
diagnóstico exaustivo das causas e dos efeitos que transformaram a sociedade num mare vastum de desencanto, de descrédito, de desesperança, com que se vai entrar no próximo milénio.

Fonte: Urbano Tavares Rodrigues (JL - Jornal de Letras, 6.11.1996)
O Homem Suspenso participa da fábula trágica, do relato realista e do texto poético, de aprofundamento do ser e da sensação. Todo o romance é também um cântico à cidade clara, sobre a qual pairam as névoas de um onirismo em cuja criação João de Melo é mestre.

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