Sinopse
O desaparecimento misterioso do pai e a polémica que se gerou à volta deste e de outro acontecimento mudam os alicerces do narrador da história. Os anos que se seguem são marcados pela guerra, por um amor apaixonado mas ameaçado de barreiras, pela forma como se escraviza na teia dos seus sentimentos, pela embriaguez do enriquecimento, por uma relação adúltera que o milionário esconde da lei dos homens e dos juízos morais. Juízos morais que nos levam a uma interrogação de fundo: de onde vem a cultura, como se generaliza?
Através de uma história intensa e a espaços divertida, A Valsa dos Pecados de Carlos Porfírio questiona ideias feitas, e até onde a ambição nos pode levar. Um romance corajoso e desconcertante que ficará certamente na memória dos seus leitores.
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Extras
Na opinião de Lídia Jorge: «Para quem julga que os meandros da Guerra Colonial já não contam como elemento do imaginário português, mais uma vez ter-se-á enganado. Em A Valsa dos Pecados, Carlos Porfírio recua com pormenor realista até matos e picadas, para depois descer ao lugar secreto da realização humana comum a todos os palcos. Assim, a história do homem que iniciou a vida como soldado da guerra e se prepara para morrer enquanto soldado da finança, resulta numa espécie de biografia consentida. Um romance de proximidade que se lê como se fosse uma narrativa de família.»
Na opinião de António Pedro Vasconcelos «Carlos Porfírio tem uma escrita cinematográfica, enxuta, mas rica, que nos deixa ver o que descreve, e uma imaginação romanesca atenta aos comportamentos mais insuspeitos dos personagens, onde ninguém é totalmente virtuoso nem totalmente ruim, mas simples seres humanos com as suas contradições, capazes a cada momento de nos surpreender – e de se surpreender.»
Na opinião de Miguel Real: «Criador e animador do Portal da Literatura, Carlos Porfírio revela na construção dos seus romances o conhecimento sábio da antiga arte da
narrativa: acção, personagens, trama, suspense, são ponderadamente meditados.»
Na opinião de Francisco Louçã: A Valsa dos Pecados é uma viagem de um personagem e do seu mundo pelo final do século xx português e pela entrada no novo século: atormentadopela guerra colonial, por amores desavindos, bafejado pela sorte na carreira profissional, arrastado pela vida, o homem desta ‘valsa’ chega ao fim sem ter deixado muito mais do que a marca da oportunidade, a busca de uma mulher e o facto de nunca se ter encontrado. Perguntará o autor se foi assim a nossa vida nestes tempos – e os leitores responderão.