Sinopse
Primeiro romance de Gonçalo M. Tavares, que nos últimos dois anos publicou meia dúzia de livros (por vários géneros, poesia, narrativa e teatro), ganhou dois prémios (Prémio Branquinho da Fonseca, atribuído a "O Senhor Valéry" e Prémio de Revelação de Poesia da APE pelo livro "Investigações.Novalis"), e galgou fronteiras, com traduções em antologias poéticas (na Holanda e Bélgica) e em revistas anglo-saxónicas. A obra de Tavares tem vindo como que a crescer de uma forma sustentada, digamos assim. Feita de experimentação, de transfiguração, afinando mecanismos de escrita. Uma escrita de ideias, com ideias, onde há já uma marca autoral bem visível.
Em Um Homem: Klaus Klump, a invasão de um país faz com que nada volte a ser como era, a guerra interrompeu o decurso da vida. A floresta, para onde muitos fugiram, é o último reduto da resistência.
Críticas ao livro " Um Homem: Klaus Klump "
Fonte:
José Mário Silva, Diário de Notícias
"Este livro é sobre muitas coisas (...), mas essencialmente sobre a força. A força dos fortes e a força dos fracos que se tornam fortes. Tudo contado por um narrador ágil, que paira sobre a história, acelera a acção e trava-a bruscamente, entra em detalhes, explica tudo, deambula, perambula, filosofa. É também um livro sobre a importância e os limites da linguagem (tanto a humana como a da Natureza; e ainda a das máquinas, esse "som que anuncia um novo Deus"). A guerra termina como começou: sem se saber porquê. E o final fica em aberto, numa cena contida à la Tchekov.
"Eu sei que para usar a expressão génio se exige cautela e parcimónia. Ainda assim, arrisco. Para mim, este romance não é apenas o melhor que li em português nos últimos anos. É um livro - e não temo a palavra - genial."