Sinopse
Tchékhov disse um dia que «sete anos depois da sua morte — bom, sete anos e meio» já ninguém o leria.
Na realidade, as suas obras, tal como as de autores russos como Tolstói, Dostoiévski, e Turguénev, continuam a ser lidas em todo o mundo. Além disso, Tchékhov é considerado uma das personalidades mais íntegras de toda a história da literatura.
Nesta obra, Ígor Sukhikh propõe uma montagem biográfica em que os documentos falam do autor de “O Beijo”, “A Senhora do Cãozinho” e Três Irmãs. Cartas, fragmentos de textos literários e passagens das memórias dos seus amigos e familiares compõem um fresco de variadas opiniões e testemunhos, por vezes contraditórios e constantemente corrigidos pela palavra do próprio Tchékhov.
O início é a infância em Taganrog, em seguida a adolescente deslocação para Moscovo com uma bolsa de estudos e as primeiras colaborações com revistas satíricas, que lhe vão permitir ajudar os pais e os cinco irmãos.
Mesmo depois de se tornar médico, conhecido pela generosidade com que cuidava os camponeses, Tchékhov prosseguiu a carreira literária, obtendo o Prémio Púchkin, relacionando-se com escritores como Tolstói, Górki e Búnin, e vendo as suas peças serem representadas.
Pela mão de Ígor Sukhikh, ficamos a conhecer a vida quotidiana de Tchékhov, os seus métodos de trabalho, as fontes de inspiração e o seu relacionamento com os amigos, o erotismo, o amor, o dinheiro, a religião e a própria doença.
Ígor Nikoláevitch Sukhikh é professor de História da Literatura Russa na Universidade Estatal de São Petersburgo.
Publicou numerosos artigos em revistas, e obras como Problemas da Poética de Tchékhov e Tchékhov na Vida: Argumentos para Um Pequeno Romance. Escreveu também sobre Isaac Bábel e Bulgákov. É editor de três volumes de ensaios sobre Tchékhov, Tchékhov: Pro et Contra.
Em 1990, recebeu o prémio da revista Zvezdá, por artigos publicados na série sobre clássicos russos, e, em 2005, o Prémio Gógol.