Sinopse
Almoço de Domingo decorre entre 1931 e 2021: é a história do senhor Rui, um homem marcante que revisita a sua vida, as suas memórias e recordações. Este é um romance biográfico – próximo de uma biografia romanceada – de uma figura pública portuguesa, Manuel Rui Azinhais Nabeiro, personagem ímpar, com tanto de enigmático como de notável e generoso. A sua vida é um filme cheio de aventuras, enredos de risco, apostas políticas ou de negócios, e segredos nunca contados por detrás de um sorriso. Até hoje.
Em pano de fundo, o Alentejo da raia, onde o contrabando é a resistência contra a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de Abril, por figuras como Marcello Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.
Extras
«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.» Sobre Autobiografia, por José Riço Direitinho, Público
«O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.» Sobre Autobiografia, por José Mário Silva, Expresso