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A Instrumentalina

Lídia Jorge

1992

Sinopse

Editado pela primeira vez pelas Publicações Dom Quixote, em 1992, este conto fala de um sentimento de proximidade entre um tio e uma sobrinha a partir de um encontro posterior ocorrido muitos anos depois, à beira do Lago Ontário, quando ela já é adulta e ele, um emigrante próspero. Mas a história que a protagonista narra em primeira pessoa remete para um lugar ao Sul de Portugal, durante o tempo encantado da infância, durante os anos 60. É essa retrospectiva, com a distância de permeio, que permite uma espécie de invocação mágica do tempo quando o tio Fernando era um jovem rebelde e ela uma criança observadora e carente de afecto.

O lugar que ela ocupava na vida do tio, bem como a lembrança dos seus encontros num campo de margaridas, tendo por fundo uma bicicleta como único veículo de libertação, constituem a matéria-prima deste conto cujo título toma por nome a alcunha desprestigiante que haviam dado a esse “instrumento” – A Instrumentalina. A autora usa por epígrafe desta narrativa uma frase que introduz  o leitor no ambiente onírico que o caracteriza - Um conto breve faz um sonho longo.

Para além da edição em formato de brochura, esta narrativa integra o volume Marido e Outros Contos, bem como A Instrumentalina e Outros Contos.

Foi publicado em França pelas Éditions Métailié, nos EUA pela Grand Street,  e na  Alemanha por Suhrkamp Verlag, onde tomou o título de Eine Liebe . Integra várias recolhas de contos no estrangeiro, e foi publicado com outras narrativas breves  da autora, em países como a Hungria e a Bulgária. 

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