Sinopse
Lídia Jorge é «uma cronista do tempo que passa, mas uma cronista que não dispensa a alucinação e a fantasia», como a própria se define. Não esquece a vida livre – mas dura – do Algarve rural em que nasceu, em 1946, nem os actos de violência que presenciou em África, nos últimos anos da Ditadura, experiências marcantes que transpôs para a literatura. Romancista e contista, Lídia Jorge aventurou- -se ainda pelo ensaio, o teatro e a literatura infantil. Numa conversa intimista, a escritora fala do seu percurso, da infância longe do pai e do avô, que partiram para África quando tinha três anos, dos professores marcantes na Universidade de Lisboa – Lindley Cintra, David Mourão- -Ferreira e o padre Manuel Antunes, entre outros – e, sobretudo, da grande paixão pelos livros e da luta por criar, através da escrita e pelas suas próprias mãos, alguma coisa que acrescente beleza ao mundo.